sábado, 28 de abril de 2012

Pastor C A Nickell: Síntese de Filipenses


Síntese da Carta aos Filipenses

Rev. C A Nickell



Escritor: Paulo,o apóstolo, 1.1. Timóteo é ligado com ele em 1.1.

Endereçada a quem: Todos os santos em Filipos, incluindo os diáconos e pastores 1.1.

Data: 63 ou 64 AD de Roma enquanto Paulo era prisioneiro (4.22; 1.13; Atos 28:16).

Propósito: 1) Agradecer os filipenses por seu interesse, orações e oferta que mandaram a ele. 2) Encorajar a Igreja , advertir contra os judaizantes (cap.3) e resolver a dissenção entre duas senhoras na igrej (cap. 4). Luck. N.B.: Observar como Paulo tenta a unificação: a) Ele recusa reconhecer duas partes assim, usa constantemente a palavra “todos”. b) Ele não repreende as mulheres, nem a elas faz referencias senão quase ao terminar a carta. Quão sábio foi este procedimento! c) Ao invés, e sobretudo sua humildade, mansidão e longanimidade. d) Exortações a uma urgente unidade 1.27; 2.1-3; 3.15-16; 4.2.

Versículo chave: 4.4

Palavras chave: Todos, 25 vezes; Alegria, 18 vezes

Coisas notáveis:

  1. Esta epístola deve ser apreciada, em particular, pelos gentios, porque foi escrita a primeira igreja organizada na Europa (Lee).
  2. A fundação dramática desta igreja se encontra em Atos 16. Os primeiros convertidos eram: Lídia – uma rica, uma moça escrava e um oficial do exército romano. O Evangelho atende todas as classes e raças de gente (Luck).
  3. Não sendo uma das mais profundas, é, contudo um dos escritos mais doces e suaves de Paulo. Através dessa carta vislumbramos o grande coração do apóstolo Lee).
  4. Não é nesta epístola, feito uma citação sequer do VT (Lee).
  5. É bom notar as circunstâncias do apóstolo quando ele escreveu esta carta. Estava preso em Roma, contudo ele venceu as circuntâncias na alegria do Senhor (CAN)
  6. Nesta epístola fala menos de censura e mais de louvor do que as outras (Lee).
  7. Resumiremos o tema da seguinte maneira: a alegria da vida e do serviço cristão manifestada em todas as circunstâncias (Pearlman).
  8. Filipenses 4.6-9 é o remédio para mentes poluídas com os pensamentos do mundo. Serve também para guardar as mentes puras (CAN).
  9. Uma parte de “Todas as coisas” de Romanos 8.28, para Paulo era a prisão – 1.12-13 (Orr).
  10. O padrão da nossa vida é, sem dúvida, o padrão da vida de Nosso Senhor, dado em 2.5-11. Primeiramente a humilhação; depois, a exaltação (Orr).

Jóias do livro:

  1. 1.6 – Não há tarefa incompleta com Deus
  2. 1.21 – Esta seja sua exaltação
  3. 1.29 – É privilégio sofrer por Ele
  4. 2.5 – Este é o mandamento
  5. 2.14 – Será?
  6. 3.8 – Somente uma coisa vale
  7. 3.20 – Cidadania dupla
  8. 4.4 – Note a palavra “sempre”
  9. 4.6,8 – Bom conselho para boa saúde
  10. 4.13 – Posso!
  11. 4.19 – Cheque em branco, assegurado por Deus

Pastor C A Nickell: Síntese de Gálatas

Clarence Anthrum Nickell (Pr. C A Nickell)



Verso-chave: 5.6
Palavras chaves: Lei (32 vezes); Fé (21 vezes); Liberdade.

Coisas notáveis:
1.História de Paulo detido pela doença, durante a sua segunda viagem missionária (Atos 16:6), pregou o Evangelho: Cristo crucificado (3:1) e que foi recebido como “anjo de Deus” (4:14). Estabeleceu uma Igreja ali (1:6) que lhe devotou ardente amor.
2.Gálatas é a proclamação da emancipação para todos os que estão na escravidão da Lei.
3.O verdadeiro problema na Galácia era o legalismo. Falsos mestres misturavam “Lei” e “Graça”. Paulo chamou isto de “outro evangelho” (1:7) e o condena sem rodeios.
4.O caráter dos Gálatas parece ser emocional, impulsivo e imutável. Atos 14:13-19.
5.Nesta epístola há um tom de estranho rigor. Paulo inicia sem uma palavra de louvor ou ação de graças.
6.Esta epístola tem efeito mais do que qualquer outro livro do Novo Testamento pela emancipação dos cristãos do judaísmo, romanismo e ritualismo.
7.Era a epístola preferida de Lutero e se tornou parte saliente na gloriosa Reforma sob os reformadores.
8.A doutrina da justificação pel fé, encontra-se aqui. Mas, enfaticamente do que nos outros livros. 1:16; 2:20; 4:6, 19.
9.Outro erro pode ser evitado quando lembramos que “cair da graça” é cair na Lei.
10.Gálatas é a resposta de Deus para os números cultos falsos os quais propõe uma mistura dos ensinos do Velho Testamento e do Novo.

(O autor destas notas as utilizou na disciplina de Síntese - no Seminário Batista Regular do Sul)

Pastor C A Nickell: Síntese Bíblica de Hebreus

Escritor: Desconhecido. Provavelmente Paulo.

Endereçada a quem: Um grupo de crentes judaicos (Como Tiago e I e II Pedro). O grupo era conhecido pelo escritor (Hebreus 5.11-12; 6:9-10 e 12:4).

Data: Cerca de 65 A.D. (Escrita de Roma 13:24)

Propósito: Apresentar Cristo como a preemente, completa e final revelação de Deus. Reprimir a apostasia dos judeus cristãos que tinham a intenção de voltar ao judaísmo (Pearlaman).

Versículo chave: 4.14

Palavras chave: “fé” 31 vezes – 24 no capítulo 11; “celestial” 16 vezes; “perfeição” 13 vezes; “superior” 13 vezes; “melhor” 12 vezes;

Coisas notáveis:

  1. Hebreus é o único livro que trata por completo o ministério sacerdotal de Cristo (Luck);
  2. Nenhum outro livro do NT contém tantas advertências. As palavras “para que não” ou equivalentes são usadas 7 vezes para apresentar o perigo (2:1; 3:12-13; 4:11; 12:3, 13, 15-16). A apostasia é mostrada como o pecado mais negro que alguém pode cometer (Orr);
  3. Hebreus é o livro maior da Bíblia para encorajar os crentes na fé, e para desafiá-los a “prosseguir” até a maturidade da perfeição (Orr);
  4. A superioridade de Cristo e o novo concerto baseado no Seu sangue é a base para encorajamento e advertência ao leitor. Aqueles que já estão instruídos e iluminados pelo Evangelho, mas ainda não aceitaram Cristo como Salvador são advertidos a não voltarem a trás, deixando de aceitar “tão grande salvação” (Luck);
  5. Oprimidos pelas tribulações presentes e pelo pensamento de adversidades futuras, cederam ao desânimo. Eles ficavam atrás no progresso espiritual (5:11-14); muitos estavam negligenciando o culto (10:24-25); muitos, cansados de andar pela fé, estavam olhando para o magnífico templo de Jerusalém, com seus sacrifícios e ritos imponentes. Havia a tentação de abandonar o cristianismo e voltar ao judaísmo. Para impedir esta apostasia, foi escrita esta epístola;
  6. Note-se a habilidade do escritor em tratar com esses cristãos desanimados e sem esperança. A) Primeiro, ele ocupa suas mentes com a glória da Pessoa e com a grandeza da Obra do Senhor Jesus Cristo; B) Refere-se, em seguida, ao fato de que ao invés de termos perdido tudo, ganhamos tudo (notar: “temos” em 4:14; 6:19; 8:1; 10:34; 13:10-14) e que seu cristianismo era superior ao judaismo. C) Mostra, depois, que não havia, até ali, sofrido como os outros. Coleridge mostra, de maneira belíssima, que, enquanto a epístola aos Romanos prova a necessidade da religião cristã, o objetivo de Hebreus é provar a sua superioridade. E isto, o autor demonstra, não em detrimento do Velho, mas revelando que o Novo é o cumprimento do Velho. Não se nega que tinham boas coisas no velho sistema, porém, era preciso concordar que, agora tinham tudo “melhor”. Esta epístola tem sido chamada de “O quinto Evangelho”. Os outros quatro falam da Sua obra na terra, e este fala da terra, mas também de Sua obra no céu.
(Estas notas eram utilizadas na disciplina de Síntese, do Seminário Batista Regular do Sul. Foram organizadas pelo missionário Clarence Anthrum Nickell, seu primeiro diretor).



terça-feira, 17 de abril de 2012

Formação teológica fundamentalista no Paraná

Seminário Batista Regular do Sul

1978 – 1982



Em 1978 o Seminário Batista Regular do Sul (SBRS em português e PBI em inglês) existia nas ideias dos casais de missionários, Clarence Anthrum Nickell Thelma Jane Nickell, George William Wells e Maxine Wells, Neal Marion Smith e Allice Grace Smith. Pastor Nilo foi o pioneiro do trabalho batista regular no Paraná e fundara em Curitiba a Igreja Batista Regular de Portão. O que havia era um terreno bem localizado, gramado e plano, em Vargem Grande, vila de Piraquara, arborizado, sem muitos vizinhos, apropriado para uma escola. Construiu-se uma pequena moradia no terreno onde Pastor C A Nickell e Dona Thelma residiram. Ao lado se construiu uma pequena meia água para guardar as ferramentas. Quando chegaram os primeiros alunos, as moças foram morar num anexo da casa dos missionários e os rapazes foram morar na meia água, que se chamava carinhosamente de “Shedd”. Provavelmente nos finais de 1978 a construção física começou. Pastor George Wells viera de Novo Hamburgo – RS e trouxera da Igreja Batista Maranata, o jovem Eugen Ziebel (Eugênio). Eugenio era um homem sarado, forte e tinha experiência em trabalhos pesados. Seria o primeiro aluno e a principal figura nas construções. Depois, também de Novo Hamburgo, veio Plínio Kremer, ex-militar da Aeronáutica, membro da Igreja Batista Maranata. Pastor George era mentor de uma tríade de rapazes, Plínio, Eugenio e Ernani Hermann, o último, já pastor em São Paulo e diretor da Imprensa Batista Regular. Dois outros alunos chegaram depois, um dos quais, Juraci José Maria, de Taboão da Serra – SP.

Em 1978, o jornal “O Batista Regular” da Associação das Igrejas Batistas Regulares passou a divulgar o início das aulas do SBRS em março de 1979, mesmo quando ainda as bases materiais da escola não haviam sido fixadas. O prédio e tudo estava por ser construído. Editaram um pequeno manual de 22 páginas dando o perfil do novo Seminário que a Associação Baptist Mid-Missions fundara em Curitiba.

Na prática, as atividades começaram em 28 de fevereiro de 1979, reservado às matrículas e ao trabalho na construção, no qual todos os alunos se veriam envolvidos. A chamada turma pioneira foi a que levantou o edíficio, suas futuras salas de aula. O SBRS cobrava por aluno Cr$ 800,00 por mês e era uma despesa elevada para as condições sócio-econômicas de cada um. Muitas vezes, os próprios missionários arrumavam serviços seus para os alunos a fim de que recebessem dinheiro para pagar suas despesas.

Chegaram também as meninas, que se formariam um ano antes, pois só podiam fazer o curso de Educação Cristã, cuja duração era de três anos. Vera, Maria Donizete Mafei, Francisca dos Santos, foram as protagonistas. Com a chegada da ex-missionária da Missão Paulo de Tarso, Maria Zuila da Silva, as jovens postulandas ficaram sob seus cuidados. Em 1981 elas se formariam sob o som de “A grande marcha de Aída”, no pátio esportivo do SBRS.

O SBRS nasceu sob o forte movimento e signo do fundamentalismo batista, da euforia do dispensacionalismo e o sionismo internacional. O ensinamento do Seminário instituia um isolamento total das demais denominações protestantes, inclusive outras igrejas de comunhão batistas e mesmo a comunhão com a Igreja Batista Bíblica (Pastor Gary Tomberlain) era vista com certos cuidados. O regimento interno do Seminário era rigoroso, embora estas exigências não fossem levadas à sério pelos membros das igrejas e congregações batistas regulares locais. No Seminário não era permitido o uso de calças compridas pelas mulheres, mas nas igrejas, a coisa corria liberada.

As disciplinas eram trabalhadas pelos professores desta forma:

Trabalho Prático – Pastor Nickell; Evangelismo Pessoal – Pastor Nilo; Doutrina – Pastor George; Síntese – Pastor Nickell; Teoria de Música – Dona Alice; Introdução à Educação Cristã – Dona Thelma, mais tarde por John Thomas Burnete; Vida de Cristo – Pastor Nilo; Escola Dominical, Dona Thelma; Regência – Dona Thelma; Homilética – Pastor Wesley Monteiro; Geografia e Arqueologia – Pastor Nickell; Introdução Bíblica – Pastor Nilo; Governo dos Batistas – Pastor Nilo; História Eclesiástica – Pastor e historiador, Francisco de Almeida Araújo; Teologia Sistemática – Pastor George; História dos Batistas – Pastor Nilo; Teologia Pastoral – Pastor Nilo e Pastor Wesley; Religiões Comparadas – Pastor Wesley; Homilética – Pastor Wesley; Missões – Pastor Neal.
(segue)