segunda-feira, 21 de julho de 2014

O Pastor e sua vocação - Parte 3

Manoel Messias Dias da Costa, pastor

B. O Ministério oferece sofrimentos diuturnos. Hb. 13:17

Eu tenho dito aos membros da igreja que pastoreio que o trabalho do pastor é um trabalho de 24 horas por dia. Parece exagero, mas às vezes, o pastor passa o dia e a noite pensando nos problemas das sua igreja. Noites são passadas em claro, buscando-se soluções para os problemas da igreja. Isto é, para aqueles que como Paulo foram chamados desde o ventre da mãe.
O pastor tem que prestar contas das ovelhas e isso pesa muito sobre ele.
Quer visitando, quer preparando sermões para o seu povo, quer sofrendo as dores do seu rebanho, ele passa 24 horas do dia em atividades desgastantes. Quantas notes de sono perdidas por causa de um irmão em problemas espirituais! Quantas noites de sono perdidas em busca de soluções para os problemas da igreja! Quanto pesa sobre nós a preocupação de entregarmos estas almas diante de Deus sem termos do que nos envergonharmos!
Contam-se que certa noite, já bem tarde, um pastor estava buscando a Deus em favor dos membros de sua igreja, quando a sua esposa pediu para que fosse dormir. Ele, porém, respondeu: "Não posso querida. tenho todas estas almas, das quais terei que prestar contas a Deus."
Tudo isso nos leva a uma conclusão final: O Ministério terá que ser para a glória de Deus, pois, do contrário, não ficaríamos no Ministério um só dia.
Aqui na terra, a glória será de Deus. A glória do pastor será no céu.
Se alguém pensa em ter glória aqui na terra por meio do pastorado, pare já e busque alguma coisa secular. Ser pastor é glorificar a Deus. (Atos 20:24). Ser pastor é repetir com Paulo: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim..." Gl. 2:20.

domingo, 20 de julho de 2014

Seminário Batista Regular do Sul: a ética cristã e a Bíblia

A Bíblia não foi dada como um tratamento de Ética, embora que tenha muito a dizer sobre conduta humana, mas a Bíblia é a revelação de Deus e da história da salvação realizada por Ele mesmo através de Seu Filho, Jesus Cristo. A Bíblia contem verdades explicadas que não teriam explicação de qualquer outra fonte. Por exemplo, a origem do universo, o homem e seu destino. Ela é um livro escrito por mais de 35 autores humanos de vários níveis sociais, durante 1600 anos, sob várias circunstâncias e constitua-se uma unidade. O tema central de toda a Bíblia é a Pessoa e a Obra de Jesus Cristo.

Durante séculos o homem tem se preocupado com três perguntas:
1. De onde veio eu [o que fui]
2. Por que estou aqui [o que sou]
3. Para onde vou [o que serei]

Todas as respostas humanas tem sido incompletas, variadas, não satisfatórias e até engraçadas. Mas Deus na Sua revelação , a Bíblia tem nos dado a resposta certa e absolutamente satisfatória. A resposta que Deus dá é a Ele mesmo na Pessoa do Seu Filho Unigênito, Jesus Cristo.

Col. 1;16-17
João 1:1-3

Deus planejou, criou e vai completar o Seu plano com o universo e o homem através de Cristo. O início e consumação de todas coisas está sob o ilimitado poder de Jesus Cristo sob cujos pés todas as coisas serão sujeitas e por fim... "O Filho se sujeitará àquele que todas as coisas lhe sujeitou para que Deus seja tudo em todos". 1 Cor. 15:27, 28.

Portanto, o Verbo, A Revelação de Deus foi escrita num livro, A Bíblia, e permanece a autoridade absoluta, final e infalível ao respeito de Deus, a natureza, o homem, coisas espirituais e eternidade.

[Ética cristã - II - George Wells Jr, Seminário Batista Regular do Sul]

Seminário Batista Regular do Sul: a ética cristã em 1979

Plano de Estudo
Agosto - novembro de 1979
Missionário George William Wells Jr (Baptist Mid-Missions)


1 de agosto - Introdução
3 de agosto - Definição
8 - A importância do estudo da ética
10 - Ética cristã e Ética Geral
15, 17, 22 - Ética e a Bíblia
24 - O lugar da ética na vida cristã
29 - O alvo da vida
31 - O conhecimento do bem e do mal
5 de setembro - O padrão de conduta
14 -  Os motivos da conduta
19 - Liberdade
21 - A responsabilidade de um salvo
26 - Prova
28 - O nosso dever para com Deus
3 de outubro - O nosso dever para com os outros
5 - O nosso dever para conosco mesmos
17 - O nosso dever para com a natureza
19 - O nosso dever para com a vida sexual
24 - O nosso dever para com o casamento e a vida familiar
26 - O nosso dever para com a sociedade
31 - O nosso dever para com a Igreja
7 de novembro - O nosso dever para com a vida econômica
9 - O nosso dever para com a vida política
14 - O nosso dever para com o tempo de lazer
16 - Recapitulação
19-23 - Provas Finais

[Seminário Batista Regular do Sul, Ética Cristã, George William Wells]

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Igreja Batista Regular de Ponta Grossa - Extrato do Estatuto

DENOMINAÇÃO: Igreja Batista Regular de Ponta Grossa

SEDE: Sede e foro de tempo indeterminado de duração

FINALIDADE: É uma associação religiosa que congrega os seus membros para a adoração a Deus, batizando-os e instruindo-os quanto às Escrituras.

FUNDAÇÃO: Fundada nesta cidade em março de 1970

ADMINISTRAÇÃO: Composta de Presidente, Vice-Presidente, 1º (primeiro) e 2º (segundo) Secretários, 1º (primeiro) e 2º (segundo) Tesoureiros.

TEMPO DE DURAÇÃO: Indeterminado

PATRIMÔNIO: É constituída por ofertas voluntárias de seus membros e simpatizantes, de donativos e legados em dinheiro e de bens móveis ou imóveis.

Pastor José Humberto Longo

(Publicado em Diário Oficial no dia 8 de maio de 1986, pág. 51)

O Pastor e sua vocação - Parte 2

Manoel Messias Dias  Costa, pastor
 
 
 
 
I. Um ministério para a glória de Deus - 1 Cor. 10:31; Fil. 1:20
 
O pastor bem sucedido será aquele que buscar a glória de Deus em sua carreira. O ministério de Paulo era voltado para a glória d'Aquele que o chamou.
Quem estiver vendo o pastorado como um meio de promoção pessoal, já está fadado ao fracasso mesmo antes de começar. Quem pretender ter uma vida de fama, de glória, de destaque através do Ministério, desista antes de começar. O Ministério não é um meio de promoção pessoal. O Ministério é exercido para a glória de Deus e tão somente isso.
Desconheço um pastor sério que tenha ficado rico através do Ministério. Deus promete suprir as nossas necessidades, mas dar riquezas através do pastorado, não.
Também, desconheço, um pastor que tenha recebido a glória deste mundo pelos seus serviços prestados ao Evangelho. Geralmente, os grandes homens de Deus ficam no anonimato na história da humanidade, salvo raríssimas exceções, que vêm a confirmar a regra.
O Ministério tem que ser para a glória de Deus, pois é com muitas dificuldades que o chamado exerce  suas funções.
 
a) O Ministério, via de regra, oferece uma vida econômica mais difícil. Fil. 4:10-15
 
Paulo, o maior ganhador de almas dentre os homens, teve dificuldades econômicas durante as suas viagens missionárias. Isto ocorreu, devido à infidelidade das igrejas de sua época. Nenhuma igreja mandou as contribuições quando ele partiu da Macedônia (Beréia) para Atenas, Corinto, Eféso e Antioquia, com exceção da igreja em Filipos - Fil. 4:15. Isto fez com que ele se visse obrigado a fazer tendas em Corinto  - Atos 18:3.
Talvez, o pastor seja o único "trabalhador" que não possa "reivindicar seus direitos" fazendo protestos, greves, ameaças. E isto, é motivo de muitas vezes ele passar sérios problemas econômicos.
Todas as categorias profissionais pode reivindicar seus direitos. Todos os profissionais se organizam através de uma entidade de classe que defende seus direitos junto aos patrões. O pastor, porém, não pode fazer parte de entidade semelhante, pois seria uma atitude anti-ética. Ele fica condicionado à sensibilidade dos membros de sua igreja que nem sempre são tão sensíveis assim. É comum sabermos de pastores que foram solicitados a não terem sustento majorado ou até aviltado, pois segundo alguns membros de suas igrejas, eles "estavam ganhando demais".
Quando o pastor leva à sua igreja a necessidade de receber um aumento em seu sustento, há quem diga que ele está exercendo o Ministério por dinheiro.
Não é incomum acontecer de o pastor ficar anos sem o seu sustento reajustado, para se equiparar às perdas inflacionárias que teve devido a este mal que corrói salários. Queira Deus que o D. L. 2.083 do Presidente José Sarney acabe de fato com a inflação.
Também, é comum acontecer de o sustento pastoral ser diminuído no decorrer dos anos, pois os índices aplicados nos reajustes são inferiores aos da inflação.
Outro fator que geralmente ocasiona dificuldades econômicas ao pastor é o fato de alguns terem vindo de uma função secular que lhe oferecia um salário melhor, para se submeterem a um sustento inferior.
Digo, sem medo de errar, que o pastor, via de regra, ganharia um salário muito superior em uma atividade secular do que aquele que ganha no Ministério.
Portanto, se alguém pensa em levar vantagens pessoais na área econômica através do Ministério, escolheu a função errada. Vá ser engenheiro, advogado, médico, etc. No Ministério não há lugar para se fazer dinheiro, fortuna. Deus, certamente, supre todas as nossas necessidades, porém, não enriquece através do Ministério. Assim como a porção dos levitas era o Senhor - Núm. 18:20, a porção do pastor, também é Ele.
Os levitas não tinham direito à divisão da Terra Prometida, para que dependessem do Senhor, o pastor também não recebe riquezas materiais para que dependa igualmente dEle.
 
 
 
Notas do proprietário do Blog
(1) Existem as famosas Ordem dos Pastores, Ordem dos Diáconos, verdadeiros sindicatos pastorais.
(2) Em 1986, quando foi escrito pelo Pastor Manoel Messias este texto, o sucesso empresarial do neopentecostalismo não era conhecido.
(3) Quem quer ser bem resolvido financeiramente, então, pode deixar o chamado ministerial, ao contrário do que afirmou na introdução da mensagem?
(4) Pode-se discutir aqui o pastorado com regime de dedicação exclusiva ou os pastores que fazem bico ou do pastorado um bico.
 


O pastor e sua vocação - Parte 1

Manoel Messias Dias Costa, pastor
 
 
A palavra vocação é definida nas diversas enciclopédias e também nos vários dicionários da Língua Portuguesa por "tendência, inclinação natural para qualquer ofício, profissão, inclinação para o sacerdócio ou para a vida religiosa, ato de chamar, escolha".
Usaremos o termo no sentido de "chamada, escolha", pois entendemos que é neste sentido que a Palavra de Deus o usa. Em Gálatas 1.15 lemos que Paulo foi chamado desde o ventre de sua mãe. A palavra que aparece ali é "kalésas", a qual vem do "kaléw", cuja tradução é "seleciono para assumir um cargo, um ofício" (W. C. Taylor).
A chamada do ministro, portanto, é de Deus. Não parte da vontade humana.
Tem nos preocupado bastante a questão da chamada ao Ministério nestes últimos tempos. Temos sido informados de alguns colegas que tem abraçado a carreira ministerial com bastante entusiasmo, mas muito cedo a abandonam. Creio que todos os crentes, sem exceção aceitam sinceramente que o Ministério da Palavra de Deus é a carreira mais importante deste mundo, superando qualquer profissão ou posição secular.
Sendo verdade isto, e de fato é, o que está ocorrendo por parte de alguns colegas de Ministério que cedo deixam o pastorado para se ingressarem em funções inferiores? Estará o erro neles? Ou estará o erro nas igrejas que os chamaram?
Creio, particularmente, que o problema está havendo em decorrência de uma visão errada do Ministério da Palavra de Deus. Esta visão errada, tanto é dos pastores, quanto das igrejas.
Apresentaremos três características de um ministério profícuo e permanente, que se observadas, certamente nos levarão ao sucesso ministerial.
 
 
------Notas abaixo pelo proprietário do blog----------------------------
 
Este estudo foi apresentado em 27 a 29 de março de 1986, no Acampamento Maranata, na 28ª Assembléia da Associação das Igrejas Batistas Regulares do Estado de São Paulo.  Vou inserir pequenos comentários para estabelecer com o autor e com os leitores atuais um diálogo, discussão que aprofunde e edifique quem aproveitar o texto e o contexto.
(1) Seria um chamado ao estilo calvinista, no qual não há o elemento humano na decisão de ouvir e seguir? Em outras palavras, qualquer desistência das atividades ministeriais de um pastor ou vocacionado implicaria numa desobediência a Deus? Por que as pessoas desistem de serem religiosas, vocacionadas, pastores ou missionários? Perceberam que não era o que desejavam, não possuiam aptidão intelectual para tanto. Por exemplo, para ser pastor ou missionário é necessário possuir um temperamento extrovertido, boa comunicação, sociabilidade e saúde física. Às vezes, pode ser melhor estar fora do que ser hipócrita numa atividade que requer certos princípios específicos. De repente, seríamos melhores professores, médicos, operários ou servindo a Deus nestas funções do que nos púlpitos ensinando.
(2) Um fator que devemos considerar é a insegurança em que se imerge a vida de quem deseja ser pastor em muitas denominações. Há igrejas que não registram os pastores em carteira, deixando a aposentadoria, planos de saúde a cargo da sorte do obreiro. É uma vida instável, visto que saindo de uma igreja ou denominação, viverá como? Encontrará outro pastorado com facilidade? Além disso, as igrejas amarram os pastores às suas declarações de fé, tornando arriscado pensar e divergir, ficando sem moral perante outros colegas e sem quem o queira.
(3) Alguns pastores vivem em gordas mordomias. Dormem tranquilamente. Não visitam, apresentam as mesmas mensagens, não estudam e estão bem acomodados. Há os que sequer percebem que seu tempo na comunidade passou. Os pastores deveriam perceber quando chega a hora em que seus ministérios não dão mais frutos neste ou naquele local. Mas vão viver do que?